MARKETING 4.0 – AS MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO
Entenda as tendências fundamentais que ocorreram para o surgimento do Marketing 4.0
Com o rápido avanço tecnológico, consequentemente o marketing mudou, como resultado estamos vivendo na era do Marketing 4.0.
O Marketing nasceu focado no produto (1.0), depois no consumidor (2.0) e recentemente seu foco passou ao ser humano (3.0).
A menos de 7 anos do surgimento do conceito Marketing 3.0, Philip Kotler traz uma nova visão sobre o Marketing.
Como dito no prefácio do livro Marketing 4.0 lançado em 2017 por Kotler, o Marketing 4.0 é um desdobramento natural do Marketing 3.0. E o papel dos profissionais de marketing neste cenário é guiar os clientes por sua jornada de compra, desde o estágio de assimilação até se tornarem advogados (Defensores ou Embaixadores) da marca.
Hoje a inovação é horizontal. O mercado fornece as ideias e as empresas comercializam as mesmas.
Três tendências são fundamentais na mudança no comportamento do Marketing atual, sendo eles:
- As Mudanças de Poder;
- Os Paradoxos do Marketing;
- As Influentes Subculturas Digitais
As Mudanças de Poder
As empresas agora precisam adaptar-se a mudança do cenário de negócios cada vez mais horizontal, inclusivo e social.
Horizontal porque a globalização cria uma disputa cada dia mais nivelada entre pequenas e grandes empresas no universo online.
A inovação que anteriormente saia de dentro da empresa para o consumidor (vertical) em um modelo de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) que custava caro e requeria uma robusta estrutura, agora passa a depender de fontes externas, provinda do próprio consumidor as ideias de inovação e as empresas passam a comercializar essas ideia, este modelo é conhecido como C&D (Conexão e Desenvolvimento).
Inclusivo porque a tecnologia possibilita a automação e a miniaturização, que reduzem os custos dos produtos e permitem às empresas atender aos novos mercados emergentes, assim sendo, diferentes setores de negócios levaram produtos mais baratos e simples aos pobres, antes considerados um “não mercado”.
Como exemplo temos o consumo de produtos tecnológicos em países emergentes, certamente grande parte da sua população possui um smartphone.
Além disso, outro forte exemplo da inclusão é que com a transparência da internet, empreendedores de países emergentes se inspiram em seus colegas de países mais desenvolvidos com o intuito de criar empresas de serviços locais semelhantes as desenvolvidas fora, vemos isso claramente quando notamos a quantidade de empresas que surgiram nas cidades brasileiras oferecendo serviços semelhantes ao Uber antes mesmo que este chegasse no Brasil.
Social porque dada a conectividade vivida atualmente os consumidores se importam cada vez mais com a opinião dos outros.
O consumidor não “compra” mais aquela ideia que é passada pelos anúncios da empresa, o processo agora mudou, primeiro ele pesquisa sobre a empresa, em seguida pede indicações bem como procura avaliações e no fim pintam o próprio quadro sobre a imagem da empresa que nem sempre condiz com a imagem projeta por ela nos anúncios. A experiência pessoal de amigos (e até desconhecidos) tem um peso muito maior na decisão de compra do que uma linda peça publicitária.
Os Paradoxos do Marketing
O cenário de mudanças cria um conjunto de paradoxos para os profissionais de marketing enfrentarem, sendo eles:
Interação on-line versus interação off-line
Tudo indica que os mundos on-line e off-line acabarão coexistindo e convergindo. Por certo, as características dos novos consumidores nos levam a perceber que o futuro do Marketing será uma mescla contínua de experiências on-line e off-line.
Consumidor informado versus consumidor distraído
Mesmo os consumidores detendo informações abundantes, as opiniões de outros muitas vezes se sobrepõem às preferências pessoais.
Este é o retrato dos futuros consumidores: conectados, porém distraídos.
Defesa negativa versus defesa positiva
Por fim, com a conectividade surgem enormes oportunidades para as marcas adquirirem defesas positivas. Ainda que elas permaneçam suscetíveis a sofrer manifestações negativas, isso pode não ser necessariamente ruim, já que todavia as manifestações negativas muitas vezes ativam as defesas positivas.
As Influentes Subculturas Digitais
Existem três grandes segmentos de novos consumidores que requerem uma atenção especial, os chamados JMN
Essa é a sigla para: Jovens; Mulheres e Netizens (Cidadãos da Internet, que “fazem” a internet).
Esses três segmentos há muito são alvo do mercado, mas em geral como segmentos de consumidores separados. Sua força coletiva ainda não foi bem explorada, visto que são os segmentos mais influentes na era digital.
Os jovens são os adotantes iniciais de novos produtos e tecnologias. Propulsores de novas tendências bem como agentes de mudança.
As mulheres desempenham três papéis fundamentais: além de coletoras de informações, elas também são compradoras holísticas bem como gerentes do lar.
Por fim, os netizens, cidadãos que são coletores, críticos e criadores de conteúdo para a internet, eles por sua vez são conectores sociais bem como os mais entusiastas advogados das marcas que eles acreditam.
Jovens, mulheres e netizens juntos por certo detêm a chave para o Marketing na economia digital.
O novo Marketing surge da soma de todas as mudanças sociocultural que estamos vivendo ainda nos nossos dias. A evolução tecnológica juntamente com a expansão da conectividade trouxe para perto relacionamentos que a pouco eram impossíveis, e esses relacionamentos são decisivos na jornada de compra do consumidor.
No próximo artigo iremos falar sobre a passagem do Marketing Tradicional ao Digital. Será que é o fim do tradicional?
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